quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quinta-feira 22 de Janeiro de 2009




Tenho o coração quente!
Lembram-se do Senhor que ligou porque a "Ex" se andava a portar mal?

Na Acção de Regulação de Poder paternal, após o divórcio (amigável), foi entregue o exercício do poder paternal ao pai.

Três filhas.
Duas menores: catorze e oito.
Uma maior: dezoito.

A maior quis ficar a viver com o pai.

Agora a mãe "inventou" que a mais pequena não é filha do pai e sim do senhor com quem vive.
Longa história.
Não vale a pena contar.

Primeira coisa:

Acalmar.
Não tem fundamentos.

Presunção da LEI:
Filho do homem é o marido da mulher.
Se assim não for, a mulher que diga.

Tem esse direito. Pode fazê-lo.

Mais do que isso, se o declarar, ainda que o marido diga o contrário, é a sua declaração que vale.
Essa declaração é averbada ao Registo de Nascimento.
Bem pode o marido pular, saltar, fazer o pino, gritar ao mundo que o filho é dele.
Não vale grande coisa.
A "presunção" deixa de existir.

Se insistir vai ter de "penar" em Tribunal para provar a SUA paternidade.
Casos raros.
Nenhum homem gosta de ser "corno". E vê-lo reconhecido.

A paternidade do filho, fora desta presunção, só pode ser impugnada pelo marido da mãe (se ele achar que não é o pai. Por outras palavras, "desconfiar" que tem a cabecita enfeitada!), por esta, ou pelo MP, em casos expressos.
Tem de correr uma Acção.

Na Acção o AUTOR tem de provar que a paternidade do marido da mãe é manifestamente improvável.

Se for a mãe o AUTOR (A) o prazo para a interpor é "dentro dos dois anos posteriores ao nascimento".

A criança tem oito anos.

Segunda coisa:

Fazer de "advogado do diabo".

"Então e se, ainda assim, o Tribunal aceitar a Acção. O obrigar a um teste de ADN e se provar que não é o senhor o pai?"

Resposta rápida e directa. Olhos nos meus.

"Eu até acho que não sou o pai. Mas ela é minha filha. Fui eu quem lhe mudou as fraldas. Foi eu que a "criei"".

Gosto muito quando me dizem que "criam" os filhos.

"Criar" quer dizer:
Alimentar.
Cuidar.
Educar.
Ensinar.
Amar.
Tudo verbos.
Acções, portanto.

É também a palavra que usamos para descrever o que fazem (e nos comove) :

Poetas.
Escritores.
Bailarinos.
Músicos.
Actores.
Cineastas.
Fotógrafos.
Escultores.
Pintores.
Deus.

A palavra perfeita para os actos perfeitos.

Baixa os olhos.
Ele é homem. Eu mulher.
"Senhora Doutora", ainda por cima.

E eu vejo.
AQUELE movimento imperceptível da garanta.
Quando engolimos em seco.

Saiu-me logo a promessa, que NUNCA se faz, por mais certos que estejamos:

"Descanse. Ninguém lhe vai tirar a filha".

EU diferente de MIM.


Hoje vesti:

Saia LANIDOR;

Camisa branca sem marca;

Casaco malha LANIDOR;

Gabardina MANGO;

Sapatos sem marca;
Até têm marca. Já não se nota. Estes são as "minhas" MARY JANES favoritas (os).
Sabem de quando são?
Da entrada no novo milénio!
Era uma ocasião especial. Vestido comprido. Não sou como a MRS PRESIDENT a perder uma ocasião "perfeitamente boa" (esta é da autoria da filha mais nova) de brincar às princesas. ORA!

Mala NAF-NAF;

Últimas notícias:

Nomeações para ÓSCARES

Já vi:

"O Estranho Caso de Benjamim Button"

Vão ver.
Tem o BRAD PITT (será JOLIE-PITT ou PITT-JOLIE?) numa t-shirt branca.
Mulheres! É uma COISA do outro mundo!
Tem também a Cate Blanchett.
Ruiva.
Cabelo maravilhoso!
A ser bailarina.

Arcade Fire.
"My body is a cage".
"O meu corpo é uma jaula, mas a minha mente tem a chave".
Go Girls!



"Slumbdog millionaire"

Este TÊM MESMO, MESMO que ver.
Só vos vou contar que é sobre crianças indianas.
Muçulmanos.
Se ele acertar em todas as perguntas...
Uma história de amor.
Com aquele garoto, filho de pais indianos, mas inglês (não sei o nome), que na série KIDS faz de "garoto indiano". (Não é KIDS diz a filha mais velha no comentário abaixo, é SKINS) - O Espírito é o mesmo. Dos KIDS e da SKINS.
Não é a Índia de postal.
Até se sente o mau cheiro

Levem lenços.

4 comentários:

Thales e Graziela disse...

Ando tão atrasada nos filmes... eu e meu marido adoramos cinema, mas cadê tempo?? Com um filho de 13 outro de 2, trabalho e tanta coisa. Quero ver todos, o Brad, as dores da Índia ....
Fiquei emocionada com a emoção do homem, o engolir seco percebido pela advogada e a certeza que você deu a ele. Se ele fez tudo, se ama, a filha é dele.
Eu cá tenho descoberto cada caso de filho que não era filho, de irmão que ganhou novos irmãos... nossa quantos segredos guardam as famílias.
Mais uma vez obrigada. Mandei-lhe novo email.

beijos, Graziela

branca disse...

lindo, lindo... texto e roupa.
beijinhos
p.s- hoje vou ver o filme.

Strawberry Brunette disse...

És mesmo tonta mãe...
Fiquei feliz por te teres armado em Boston Legal, e espero que consigas a filha para o senhor. Não sei porque não falaste disto em casa, íamos ficar super orgulhosos.
Já vim ao teu blog, como viste, porque já arrumei o meu para tu poderes ver... Decidi comentar só porque...
MÃE TONTA
Kids é um filme do teu tempo... SKINS é a série do meu.
Gostei do post, tens jeito para isto.
kisses.

Ana disse...

Acho a sua prosa uma delicia, devia de escrever um livro sobre as "aventuras" como advogada.

Além de dar orgulho aos seus colegas de profissão, daria também a todas as mulheres ( eu inclusivé).

Um beijinho da fã portuense.