sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sexta-feira 30 de Janeiro de 2009









A criança vai para uma instituição.

O primeiro passo para uma adopção.

Como me sinto?
Culpada.
Aliviada.

Nem sei.

Não devia envolver-me tanto.

É o que todos me dizem.
Os amigos.
Os/as colegas.
O marido.
O médico.
O senhor que me espeta agulhas.

Como se pode ser o que não se é?

Podia só fazer Fiscal.
Trabalhar com fusões e negócios.
Só papéis.
Sem dilemas.
E mais dinheiro.

Onde iria buscar esta "riqueza"?

Todas as histórias que já ouvi.
Uma "coleccionadora" de histórias.

O Senhor Procurador, a brincar, se me vê nos corredores:
"Então? mais um "inocente"?
Sim Doutora! já sei que os "seus", são todos "inocentes"!

O Senhor Doutor Juiz, num dia de Alegações Finais em que mal se ouvia a minha voz, já depois de termos trocado "picardias" durante o Julgamento, e de lhe ter perguntado, "respeitosamente", se preferia lê-las.
"Por quem é Senhora Doutora! é sempre um prazer ouvi-la!".
E eu a pensar.
"Sacana"!
A rir-me por dentro.
"Sacana, que já me "tramaste"!"

O outro Senhor Doutor Juiz.
Tão comovido.
A olharmos um para o outro.

A Senhora Procuradora.
A Senhora Doutora Juiz.
Eu.
Não deixámos a mulher estrangeira ser expulsa.
Porque Não.

A Senhora Funcionária:
"Doutora, sou eu que vou fazer o "seu" Julgamento. Acha que nos aguentamos?"
E depois não nos aguentamos.
Mas não faz mal.
Porque NINGUÉM naquela sala de Audiências FORMAL:
Bandeira.
Magistrados em fila.
Se aguenta.

Com excepção da Colega da defesa.
Que não mexe um músculo.

O abraço que recebo no final.

Não sei se sou boa ADVOGADA.

Recorro muitas vezes.
Estudo com afinco.
Fui a melhor aluna do meu curso.
ISSO explica QUASE tudo.

Faço o melhor que posso.
Não sendo Juiz faço um juízo prévio.

Aviso que podem existir outras opiniões.
Para procurarem OUTRO colega.

Bom?
Mau?
É o que É.

A AMIGA/Juiz diz que me preocupo demais.
Não é necessário.
Que tudo funciona.

A AMIGA/advogada diz que sou parva.
Que só perco tempo.
E dinheiro.
E peso.
E tenho alergias.

O marido.
Não diz nada.
Conhece-me bem.
Sabe-me melhor.

As filhas têm o seu "Batman" privado.

Desse lado, "levam" com as minhas "crises existenciais".

Só vos posso agradecer.

E dizer:

Só voltarei a contar "coisas" divertidas!

Bom fim-de-semana!

Hoje vesti:

Vestido NAF-NAF;

Camisola gola alta sem marca;

Casaco CASA DAS PELES;

Sapatos MISS SXTY;
Foram fotografados perto da "Viagem do elefante" só para ti, DROPS.

Mala EDC;

Cachecol ZARA;

A Gabardina de flores de ontem:
Comprei na loja da amiga/"trendy".

É MUUUIIITTTOOO "trendy".

Vai a Barcelona. A Paris. A Milão.

Temos conversas sobre "estilo" e ser "português" e o que é "moda portuguesa".
Se existe.
Ou não.

E então?
Existe?

Tem idade para ser minha filha.
Acha os anos 80 "o máximo".
Por favor!

EU ESTIVE LÁ!

Não foram o MÁXIMO.
Era BAAASSSTTTAAANNNTTTEEE mau.

Chumaços enormes.
Tinha uns que se tiravam e punham.
Em TODAS as camisas e camisolas.
Até t-shirts.

Brincos com PENAS.

Cintos e sapatos dourados.
MESMO dourados.
Não só "ligeiramente".

Para não falar nos penteados!
Que a Santa me proteja!

Querem ver que vou voltar a usar "permanente"?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quinta-feira 29 de Janeiro de 2009







O dia foi tão mau que devia passar em branco.

Não é assim que funciona.
Por isso aqui estou.

"Fiz" um divórcio.
Na Conservatória.
Mútuo consentimento.
Casados desde 72.

Fácil de fazer.
Difícil de suportar.

Fui a um funeral.
Uma amiga do meu sogro.
Cancro.
Insuportáveis as lembranças.

Ele morreu de cancro.
A minha mãe teve cancro.
Não vou falar disto.
Noutro lugar, talvez.

DECIDI:

NÃO patrocinar as raparigas.
Não estar ao lado delas na sua pretensão.

Consciência.
Honra.

Honrar a minha TOGA.

Honrar-ME.

Tentei falar com elas.
Argumentar.
Fazê-las desistir.

Falei com a irmã da "companheira" da mãe da criança
Já a tinham "convencido" (nas minhas costas, sem me dizerem) a assumir-se como "TUTORA".
A comprometer-se perante o Tribunal que "tomaria conta" da criança até elas terem "condições".

Perguntei-lhe porquê.
"Sou mãe. Não se tira o filho a uma mãe."

Também eu.

Elas NÃO.

Mentem.
Trapaceiam.
Enganam.
Não merecem.

Têm (entre as duas) QUATRO filhos.
Se querem "brincar" às mães, não chega?
Para quê mais um?
Para estar "sinalizada"?
Para quando tiver quatro anos, (ou oito) ir para uma instituição?

Desculpem.

Sei que existem muitas ilusões nesta questão da Adopção.
Digo-vos: crianças com mais de três anos raramente são adoptadas.

Disse-me:
Que tinha dois filhos.
Divorciada.
Ordenado mínimo.
Renda de casa.

EU

Se a entregarem para adopção dão-lhe um futuro.
Branca.
Recém nascida.
Sem problemas de saúde.
Mesmo depois do que a mãe lhe fez.
Há muitos casais que esperam por esta BÊNÇÃO.

Quem sou eu para tomar essa decisão?
Não sou.

Por isso me afastei.
Para não ter nenhum tipo de "poder".

Vou fazer o que puder.
DE FORA.

Estarei a "atraiçoar"?
A faltar aos meus DEVERES deontológicos?
Não sei.

Não estou LÁ dentro a "minar" o processo.
Não estou a pôr-lhe entraves.
Para o bem e para o mal, não estando LÁ, não influencio quem tem o dever de decidir.

Sabem que mais?

O marido entrou aqui agora mesmo.
Quando vos escrevo é sempre "secreto".
Não costuma interromper.

Veio dizer-me.

Encontrei uma coisa que tens de ver.
No you tube.
Tens mesmo de ver.

Fui ver.

Vão também:
Playing for change: song around the world. "Stand by me".

Acho que é um sinal.

OBRIGADA.

Hoje vesti:


Camisa branca ZARA;

Jeans MANGO;

Sapatos PEPE JEANS;

Mala MANGO;

Gabardina de flores COLCCI;
É a que gosto mais.
Foi por isso que a vesti.
Para ficar com outro ânimo.

Já O tenho.
Tenho a minha resposta.
Faz-me SENTIDO.
Não preciso de mais.
Não posso mudar o mundo.

Mas posso perdoar-me a mim.
Beijos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Quarta-feira 28 de Janeiro de 2009






Tenho de ter muito cuidado com o que vos escrevo!
Os Deuses "conspiram" para me pôr à prova.

HOJE, depois do post de ONTEM, telefona o meu "casal de lésbicas favorito".
É.
Pois.
Já estão a ver que NÃO vai ser uma linda história não é?

São duas garotas com vidas muito complicadas.
Desde sempre.

Uma delas esteve "sinalizada" nos Serviços Sociais.
O ciclo não se quebrou.

Ninguém para ajudar.
A mãe punha-a a "render" aos quinze anos.
Drogas.
Um filho.

A outra.
Uma MALUCA.
Muito nova.
Casada.
Separada.
Três filhas.
Foi o (ainda não "ex") quem ficou com a Guarda Provisória.

"Descobriram" o GRANDE amor.
Uma pela outra.
Foi impossível não simpatizar.

Como é que me "caíram na sopa"?
Por causa do Penal.
DROGAS.

Depois.
Outras histórias.

A comissão de menores ia "institucionalizar" o filho.
Grande choradeira.

EU.

Falei com a Senhora da Comissão de Menores.
Que me "leu" mal.

Em vez de me explicar o porquê.
Veio com "conversas de comadre".

Eram umas drogadas.
"Vivem uma com a outra, sabe?"
A casa não tinha "condições".
A mãe não levava a criança "às consultas".
Estavam desempregadas.

Eram drogadas?
Estavam em recuperação.

A casa não tinha condições?
Estavam a fazer obras.

Não levava às consultas?
Não tinha levado UMA vez.

Estavam desempregadas?
E então? Quantas não estão?

Vivem uma com a outra, sabe?
Sei.


A criança IA à escola.
Comia.
Não tinha piolhos.
Nem pulgas.
A roupa ERA limpa. (Tão limpa como podia ser naquelas circunstâncias.)
Pelo menos não estava podre e nojenta como já vi.
Era adequada às condições de frio ou calor.
E
MAIS IMPORTANTE:
Tinha oito anos.
Não conhecia outra mãe.
Era completamente dependente dela. Qual pai??
A angústia dele era essa.
Ficar "abandonado".
Tirarem-lhe a mãe.

Porque diabo havia ELE de ser castigado?
Não era a mãe.
Era ELE.

Longe da única "família" que conhecia.

Pesadas todas as circunstâncias, decidi:
Vamos ver.

Falei com a professora.
Com a assistente social.
Com a Directora (aqui da cidade) do Centro de Reinserção Social.
Com o SENHOR PROCURADOR.

A criança ficou com a mãe.

Embora com algumas reservas.
Corriam Processos-crime.
Contra ambas.

Foram condenadas.

"Cozinhámos" todos.
Eu.
A Juiz.
O Procurador.
A directora do Centro de Reinserção Social.
A assistente social.
(Já vos disse que era impossível NÃO simpatizar)

Uma "SOLUÇÃO" fora de comum.
Aplicaram-se-lhes penas (de prisão). Mas foram substituídas por "Trabalho a Favor da Comunidade".
Por forma é que elas tivessem de cumprir um "programa".
Com regras.
Também porque podia ser que desta forma encontrassem equilíbrio.

Arranjou-se maneira de uma trabalhar no Hospital.
Podia almoçar lá e levar comida para casa.

A outra foi para os Bombeiros.
Pela mesma razão.

Tudo perfeito.
Cheios de boa vontade.

Não foi.

Fui chamada pelo Tribunal porque não estavam a cumprir os programas.
Drogas.
Outra vez.

As duas.

Confusões.

Chego lá...
SURPRESA!

Uma delas estava grávida.
Grávida????

Passei-me!
Depois de tanto trabalho.
Depois de nos termos cansado todos tanto.
Depois de ser UMA oportunidade.
A ÚLTIMA.

Pergunto:

"Grávida de quem? Ah! Não interessa.

"Não interessa?"
Ó Dótora não interessa.

"Mas porquê?"
Foi uma coisa de uma noite.
(Traduzo: precisavam de drogas. Foi "fazer" um cliente.)

"Não se protegeu?"
Ó Dótora estava bêbeda.

"E agora?"
Vou ter o bebé.

"Já pensou bem?"
Já, já.
É um incentivo para deixar a droga.
As duas queremos o bebé.

Eu sou Crente.
Podia não ser, mas sou.
Acredito em Deus.

Isso não me impede de fazer o meu trabalho da forma que considero CERTA.
Se tenho problemas é comigo.
Com as minhas decisões.
Não com aquilo que os outros consideram certo ou possam decidir.

Naquelas circunstâncias teria sido melhor ela abortar.

Contra aquilo em que acredito, disse-lhe isso.
Que devia abortar.

Estava outra vez "agarrada".
Ia para a prisão.
Não é sítio para se ter crianças.
A criança estava em "risco" pela adição da mãe.
Os filhos são uma coisa muito séria para serem "filhos" do acaso.

Não quis.

Foi outra vez uma trabalheira.
Conseguir convencer TODA a gente que tinha sido DAQUELA vez.
Só uma.
Que iriam cumprir.
Para mais, grávida.
Mais uma OPORTUNIDADE.

Lá lhe deram MAIS uma. mea culpa

E a vida continuou.
Até hoje.

Recebi o TAL telefonema que me deixou todo o dia de estômago às voltas.

"Ó Dótora já tive a minha filha."

Já?

"Ó Dótora nasceu prematura. E agora o Tribunal não me deixa levar a menina para casa."

Porquê?

"Têm um relatório. A minha vida mudou. A ... arranjou um emprego. Está tudo bem. Estamos "limpas" Dótora!!"

Que relatório? Quem fez?

"Não sei. Quero ir falar consigo. Querem tirar-me a menina. "

Porque é que nasceu prematura?
"....(pausa) Porque quis Dótora! Ela quis. "(risos)

Não consumiu durante a gravidez?

".....(pausa. Eu SE I que está a preparar-se para me mentir.) Consumi UMA vez. Só UMA Dótora. JURO. "

Traduzo: consumiu durante TODA a gravidez. E fez também Metadona.
Para ajudar.

Ela quer ficar com a filha.
Não é bom para a filha ficar com ela.

No caso do filho da outra, foi a criança.
O garoto.
Desgraçado.
Quem me fez decidir.

Para a menina que nasceu prematura.
Por falta de cuidado da mãe.
Do amor da mãe.
Que devia ter servido para largar de vez as drogas.
E não serviu.

Consumiu heroína com um filho na barriga!

O melhor para ELA:
É a adopção.
Sem contemplações.
Aquelas pessoas não servem para tomar conta de uma criança. Não servem para ser pais.
Já está provado.
Não se pode dar mais oportunidades.
Mesmo que queiram.

Faço o quê?
Não vou deixar que o ciclo não se quebre.
Já chega.

Não posso intervir no processo, POR elas, CONTRA elas.
Não quero passar a "batata quente" a outro colega.

Conhecem a expressão: "descalça a bota?"
Tenho de descalçar a bota.

Não vou conseguir dormir.

Hoje vesti:

Camisola MISS SIXTY;

Calças MANGO;

Casaco ZARA;

Sapatos ZARA;

Mala MANGO;

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Terça-feira 27 de Janeiro de 2009







O dia hoje foi de pesquisa.
Leitura.
Trabalho.
Estou a fazer uns recursos contra-ordenacionais.
Não me estão a "sair" bem.
Não flui.
Não consigo "pôr" no papel.
Se é assim, é porque os argumentos não são bons.
Pelo menos não estão claros na minha cabeça.
Logo, tenho de recomeçar.
O que me cansa.
Os prazos. Os prazos. A nossa BESTA NEGRA.

Falamos de quê?
Notícias.
Same old, same old.

Lá começou o novo "Ano Judicial."
O "Estado da Justiça".
e
ETC.

O Sargento e a Esmeralda.
A Joana e a Maddie.

"Os Tribunais têm de dar resposta" - Diz o Presidente da República.

Acho bem.
Não sei é como.
Mas isso sou eu que sou resmungona e tenho mau feitio.

Se é um Estado de Direito, o povo tem de confiar nos Tribunais e nas suas decisões.
Só assim é que estas serão respeitadas.
Para serem respeitadas têm de ser entendidas.

É aqui que "porca torce o rabo".
Quando não se explica. Ninguém entende.

Por exemplo no caso "Esmeralda".

Claro que o primeiro sentimento de toda a gente é simpatizar com aquele casal a quem a filha foi "tirada".
Vamos com calma.

Como é que se Adopta em Portugal?
Digo-vos como NÃO É.
Não é com um "documento" num Cartório.
Uma espécie de "Escritura Pública" onde se entrega uma "coisa".

É mais difícil.
Tem de existir um processo junto da Segurança Social.
Tem de existir o consentimento da "família".
A "família" tem um prazo onde se pode "arrepender".

Mesmo que a "família" não exista.
Mesmo que os pais sejam totalmente incapazes para tomar conta da criança.
Isto é terrível, mas é assim.

Deixem-me também dizer, para ser clara, que toda a gente sonha adoptar "bebés Nestlé".
Não há assim tantos.

A maior parte das crianças que estão "institucionalizadas" não o são.

"INSTITUCIONALIZADAS"
Abomino o conceito.
Tenho grandes "pegas" com as senhoras da Comissão de Menores por causa disto.
Até com os Juízes.

Uma Senhora Doutora Juiz disse (palavra de honra) que não entregava a Custódia de dois irmãos aos avós porque, passo a citar, "só entregava Custódias a pais".
Para vos situar, os progenitores (mulher e homem) nunca tinham "tomado conta" dos filhos.
Disseram isso mesmo na conferência.
Quem tinha cuidado deles eram os avós paternos, que requeriam a Guarda.

Podiam ser excelentes pessoas.
Como pais eram uns incapazes.
Desculpem lá a violência, mas era A VERDADE.
A Senhora Doutora Juiz entendia que, uma vez que os pais não queriam saber, as crianças deviam ser "institucionalizadas", independentemente da vontade dos avós.

Não concordei. Nem concordo.
Acho que se existir uma família de origem, capaz, sejam avós, tios, madrinhas, padrinhos, o que for, é sempre preferível a serem "institucionalizadas".

Não é que as instituições não funcionem bem. Conheço algumas e funcionam.

Uma criança tem de ser amada só por si.
Ter um colo só seu.
Numa instituição, mesmo com muito boa vontade, sendo toda a gente uns queridos e umas queridas, não é possível!
Não há braços que cheguem para tantos.

A maior parte das crianças "institucionalizadas" disponíveis para adopção, não são bebés.
Têm mais de três anos.
Não são brancas e louras.
São muito novinhas mas têm já "passados".

E...

Amanhã continuamos.

Hoje vesti:

Saia sem marca de uma lojinha de bairro;

Camisa LANIDOR;

Casaco STEFANEL;

Sapatos PEPE JEANS;

Anel é do V&A, mas existem iguais em muitos lados;

O fio é especial, comprei numa loja que já não existe.
Na "minha" praia. NAQUELA que eu amo.
Sim.
Amo praias.

Mala MANGO;

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Segunda-feira 26 de Janeiro de 2009









O dia foi uma chatice sem nome!

PME'S?
Sim, sei TTTTUUUUUDDDOOOO sobre elas.
O que é uma micro, pequena e média.
Para que serve o IAPMEI.
Linhas de crédito.
TUDO.

Também me fizeram uma pergunta mmmmuuuuuiiiiiitttoooo interessante:
Como se "muda" uma S. A para LDA?
Tive que ler.

Ainda não acabei,

e

amanhã já me esqueci.

O meu cérebro também é muito selectivo.

O que não me interessa, esqueço.
É para não gastar a matéria cinzenta.
Dá-me muito jeito para saber coisas estúpidas.
Exemplo:
O cérebro muda os padrões dos neurónios só para podermos decorar alguma coisa.
O MEU mudou os seus padrões para poder decorar ISTO.
Para decorar AQUILO, estamos conversadas!

Hoje tenho um desafio para vós.
Eu pergunto e respondo.
Depois é a vossa vez.

1º - Gostam de receber "elogios" (feitos por homens) quando andam na rua?

2º - Porquê?

3º- De que forma isso vos "transforma" o dia?

4º - E a visão que têm do que são?

Respostas:

1º - Eu não gosto.

Mesmo os que não são "elogios" e sim "piropos".

"Elogios" serão:

"Ó gaja! és boa! comia-te todinha."

"Boazona, Boazuda ...fazia-te isto e acontecia-te aquilo..."

Já perceberam: é o que é "porco" e incómodo.

"Piropos" serão:

"As flores andam?"

"Abençoada mãe que tal filha tem."

Incluem, também, os "OLHARES" que nos deitam, mas que não incomodam.



2º - Não gosto por várias ordens de razões.

A primeira há-de ser inconsciente.

Se é inconsciente dela não terei consciência.

Tenho.
Advém da minha relação difícil, ( para não dizer impossível) com a minha total ausência (para ser meiguinha) de beleza.
Vamos chamar os bois pelos nomes.
Porque sou feia.
Sempre fui.
Isto é um facto.
Os factos não deixam de o ser NUNCA.
Podem é ser "apresentados" de outra forma.
É por isso que gosto de trapos.

Nem a minha mãezinha diz que sou bonita!
Diz "Estás". Não "és".

Os únicos homens que dizem que sou bonita, são:
O meu marido.
Foi por isso que me casei com ele.

O meu sobrinho.
Que além de dizer que sou bonita, diz que cheiro bem.

Esta, inconsciente, há-de levar à subjectiva:

Quando recebo "elogios" ou "piropos", penso sempre que não é comigo.
Olho para trás e tudo.

Condicionada pela razão "inconsciente" , vem-me sempre à cabeça:

"Estão a brincar?"
"Terei alguma coisa enfiada nos dentes?"
"Será que me esqueci de tirar o nariz de palhaço?"
"É pá! devo ter a saia enfiada nas cuecas..."

Como compreendem, estes pensamentos fazem-me ficar muito desconfortável.

Não sei como hei-de reagir.

"Muito Obrigada."
?????

Porquê?
O que estou eu a agradecer?

Ser bonito ou feio, mais ou menos inteligente, alto ou baixo, é algo que escapa do nosso controlo. Nenhuma de nós pode fazer nada.
Não existe nenhum mérito nisso. Vem tudo dos genes.
O que tem a ver connosco é a FORMA como utilizamos o que recebemos.

Não seria mais lógico elogiarem os pais? Ou os avós? Os tetravós?
Aqueles que, no princípio de todos os tempos, transmitiram as perfeitas maçãs do rosto?

Porque hei-de agradecer o facto de me acharem bonita?
São ELES que acham. Não EU.

"Muito obrigada, você também não está nada mal."
Não aconselho.
A maioria dos homens não tem sentido de humor.
Se acham que estamos a falar a sério, lá vem o convite para o cafézinho.
Ou para jantar.
Ou qualquer coisa.
A que tem se de pôr cobro.
Por vezes pouco educadamente.
E acaba-se "uma bela amizade".

Aceito que se possa agradecer, não o facto de nos acharem bonitas, mas a gentileza que tiveram para connosco quando o dizem.
Agradecemos a gentileza.
Penso que não faz mal.
Fomos educadas para agradecer se nos dão um presente.

Esta associação também foi interessante.
Tem a ver com a razão "inconsciente".


A razão objectiva:

Detesto que me "objectivem".
Desculpem lá a aliteração.

Não sou uma coisa.

Isto vindo da mulher que diz que o Brad Pitt é uma "COISA"!
São situações diferentes.
Se o visse na rua, encolhia-me para ele não ver que o tinha visto.
Não me ia pôr a gritar: "Ó BOM! COMIA-TE TODO". Credo!

Não gosto que me pensem e que olhem para mim dessa forma.

Para além do mais, quando nos elogiam, mesmo que estejam a ser gentis, estão a "manipular-nos".

Sabem porquê?

Logo à partida ganham "pontos".
Tornam-se simpáticos aos nossos olhos.

Baixamos a guarda.

Nem vemos de onde "caiem".

Tramadas.

3º - Fico sempre furiosa.
Essa é forma como me "transforma" o dia.
Os meus amigos (homens) não se atrevem.

Com as mulheres é diferente.
Porque a forma de elogiar é diferente.
As mulheres, quando elogiam, não é com "cobiça".
Quando dizem "estás bonita" não é o rabo.
As pernas.
O decote.
São os sapatos.
A saia.
O vestido.

Gosto quando as amigas dizem:
"Ficas bem com esse cabelo."
"O teu vestido é bonito."
"Estás tão gira hoje!"
"Que belas pernocas!"
"Ainda te "aguentas bem" de biquíni."

Gosto porque acredito.
Tenho boas amigas.
Quando não gostam dizem logo.

Tenho uma então, que é demais!
Somos da mesma idade. Crescemos juntas. Férias juntas. Tudo juntas.
Falamos de coisas que não falamos quando estamos com mais ninguém.
Desabafos:
"Tenho o rabo cheio de celulite! Agora tenho de ter cuidado a vestir as calças! Sempre virada de frente, nunca de costas. Caraças! Já viste isto?"

Não pensem que sou ingénua.
Já recebi "elogios" deliciosos de mulheres!

"Estás TTTTÃÃÃÃOOOOO magra. Não me digas que estás doente?"
Gosto particularmente deste.

Mas há outros.
Vocês hão-de conhecer.
Cada uma tem os seu preferidos.
E as "amigas" que os dizem.
Para "lixar" a outra (de que não gostam) da maneira mais eficaz.
Esses, curiosamente, não me enfurecem.
Fazem-me rir.

4º - A visão do que sou.
A visão de mim própria já é tão "rasteirinha" que não me aquecem nem me arrefecem.
A"couraça" é forte e bem construída.

Então, porque me irrito?

Hoje vesti:

Vestido NAF-NAF;

Camisola gola alta ZARA;

Casaco de agasalho MANGO;

Botas MANGO;

Saco MANGO;

Cinto EDC;











































sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sexta-feira 23 de Janeiro de 2009







Já sabem que detesto conduzir.
Se me calhasse o "euromilhões" não mudava em nada a minha vida.

Bem:
Viajava mais.
Não me preocupava (tanto) com o futuro das filhas e dos sobrinhos.
Comprava mais uns TRAPINHOS, q'a malta não é de ferro!

Continuava a viver no mesmo sítio.
Trabalhava na mesma coisa.
Comia as mesmas comidas.
Tinha, com toda a certeza, os mesmos amigos.

MAS... (reparem que é um grande MAS)
O meu sonho de consumo é ter um motorista!

Não é ter um carrão COM motorista.
Nada disso.
Nem sequer sei quais são os carros que se consideram CARRÕES!
Desde que tenha quatro rodas e ande, para mim chega!

Mas um motorista.....

Ó amigas, imaginem:

"Ambrósio:
Quero ir a Lisboa.
Depois Coimbra.
Já agora, Évora, que me apetece arroz de lebre do "Fialho"".
Ou
"Olhe, aparque aí ("aparque"?!?!? É porque é mais fino que "estacione", pázinhas!) que vou ali e já venho!"

Isto é que era!

Não é.

O carro da minha sogra foi assaltado.
Sim.
O DRAMA;
A TRAGÉDIA;
O PÂNICO
O HORROR;
Fim.

Enquanto o carro não se arranja (partiram um vidro e forçaram uma das portas) tivemos que "reorganizar" quem conduz o quê.

A minha "latinha", meu grande amigo, companheiro de muitas aventuras, (não me perguntem como é que perdi as "negociações") foi parar às mãos da sogra.

O marido estava completamente em pânico (acho que até hiperventilou) com a ideia (o mero pensamento causou-lhe suores frios) do seu "carrinho querido" ser conduzido pela mãezinha.

Preferiu que fosse EU a conduzi-lo.

Ele passou a utilizar um JEEP (RANGE ROVER - para terem uma ideia) mmmuuuiiiiitttttoooo velho, que só fica aqui pelo quintal porque "nunca se sabe quando pode ser preciso".

Hoje foi para Espanha.O marido.
O "mastodonte" ficou comigo.

Foi porreiro, pá!
Sabem porquê? Toda a gente parava nas rotundas para eu passar.

Não estão a perceber a piada porque não me conhecem "ao vivo e a cores".
Tenho 1,60m e peso 47 kg.
A minha boneca da WII sofre de desnutrição. Está um bocado para o fraquinho.
Embora, elegantemente, em posturas de YOGA.

A graça favorita de TOOODDDAAA a gente é que eu não posso fazer pára-quedismo.

Uma das funcionárias da empresa riu-se perdidamente, com uma da sua autoria:
"Ainda vão chamar a polícia porque pensam que o carro vai sozinho!"
AH! AH! AH!
Isto sou eu a rir-me.
É um bocado sarcástico, porque consigo partir os dentes a qualquer um.
Posso não poder fazer pára-quedismo.
Não posso mesmo. Por isso é que se riem. Sabem que já tentei.
Medo, não tenho.
Medo físico.
Porque, MEDOS, cá por dentro, tenho muitos!

Há qualquer coisa entre os carros e os homens que eu nunca percebi.
Já me explicaram. Tinha a ver com o tamanho de um certo órgão.
Não sendo "proprietária" de nenhum órgão que se assemelhe, apenas e só alegre "usufrutuária", é-me difícil entender.

"Ha! porque é uma máquina".
E as de lavar roupa? loiça? ferros de engomar? batedeiras? varinhas mágicas?
Também são máquinas.

Lá saber de pistons, carburadores, tubes de escape, motores de não sei o quê, cilindradas não sei que mais, compreendem TUDO muito bem.
Até discutem com grande afinco as qualidades deste em relação aquele.

Experimentem lá pô-los a lavar a roupa.
Básicamente, carrega-se num botão.
"Eh pá! é complicado, não consigo...são os programas. Não percebo."

São cérebros muito selectivos!

Fui ao supermercado.

Carregadinha com compras.

Entrei no carro.
A subir:
Elogios!

"Queria AQUILO tudo!" - dizia o rapazito.
Quando me virei e viu que era uma "cota" até corou!

Alguém que me explique qual é a "coisa" entre carros e homens, que os leva ao disparate mais profundo?

Hoje vesti:
Vestido LANIDOR;

Casaco LOJA DAS PELES;

Meias ZARA;

Sabrinas sem marca.
Mala sem marca.
Comprei ambas numa sapataria daquelas normalzinhas.

Colar, é especial, tem de ter uma referência só para si.
Foi comprado numa loja para os lados do Bairro Alto.
Chama-se "THE WRONG SHOP". Têm de lá ir. É muito divertida.
Vendem Nossas Senhoras de Fátima.
Será Nossas Senhoras? Nossas Senhora? ou Nossa Senhoras? não sei qual é o plural certo.
Decidi ir pelo Nossas Senhoras.
Quero que saibam do que estou a falar.
Daquelas imagens que se vendem em Fátima. Iguais aos milhares. Essas.
Em: rosa flurescente, amarelo, fucsia. Cores espectaculares!
Vendem também Galos de Barcelos, em acrílico, com as mesmas cores.
Em "couvetes", como se fossem frangos no supermercado.
Todos os símbolos da nossa portugalidade interpretados e reinventados.
Muito, muito engraçado!
Eu queria trazer um Galo de Barcelos.
O marido disse: " Por favor. Lá estás tu com as tuas maluqueiras! onde é que vais pôr isso?"
"No quarto da filha mais velha"
Filha mais velha: "não vais não".
HA! porque sim.
HA! porque não.
Ganhou o não.
Porque achei que tinham razão.
O que é um raciocínio difícil para mim.
E uma grande prova de AMOR.
Embora eles não entendam (suspiro).

Acabei por trazer este colar, que é feito de clips, fios de plástico e missangas.

Bom-fim-de-semana!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quinta-feira 22 de Janeiro de 2009




Tenho o coração quente!
Lembram-se do Senhor que ligou porque a "Ex" se andava a portar mal?

Na Acção de Regulação de Poder paternal, após o divórcio (amigável), foi entregue o exercício do poder paternal ao pai.

Três filhas.
Duas menores: catorze e oito.
Uma maior: dezoito.

A maior quis ficar a viver com o pai.

Agora a mãe "inventou" que a mais pequena não é filha do pai e sim do senhor com quem vive.
Longa história.
Não vale a pena contar.

Primeira coisa:

Acalmar.
Não tem fundamentos.

Presunção da LEI:
Filho do homem é o marido da mulher.
Se assim não for, a mulher que diga.

Tem esse direito. Pode fazê-lo.

Mais do que isso, se o declarar, ainda que o marido diga o contrário, é a sua declaração que vale.
Essa declaração é averbada ao Registo de Nascimento.
Bem pode o marido pular, saltar, fazer o pino, gritar ao mundo que o filho é dele.
Não vale grande coisa.
A "presunção" deixa de existir.

Se insistir vai ter de "penar" em Tribunal para provar a SUA paternidade.
Casos raros.
Nenhum homem gosta de ser "corno". E vê-lo reconhecido.

A paternidade do filho, fora desta presunção, só pode ser impugnada pelo marido da mãe (se ele achar que não é o pai. Por outras palavras, "desconfiar" que tem a cabecita enfeitada!), por esta, ou pelo MP, em casos expressos.
Tem de correr uma Acção.

Na Acção o AUTOR tem de provar que a paternidade do marido da mãe é manifestamente improvável.

Se for a mãe o AUTOR (A) o prazo para a interpor é "dentro dos dois anos posteriores ao nascimento".

A criança tem oito anos.

Segunda coisa:

Fazer de "advogado do diabo".

"Então e se, ainda assim, o Tribunal aceitar a Acção. O obrigar a um teste de ADN e se provar que não é o senhor o pai?"

Resposta rápida e directa. Olhos nos meus.

"Eu até acho que não sou o pai. Mas ela é minha filha. Fui eu quem lhe mudou as fraldas. Foi eu que a "criei"".

Gosto muito quando me dizem que "criam" os filhos.

"Criar" quer dizer:
Alimentar.
Cuidar.
Educar.
Ensinar.
Amar.
Tudo verbos.
Acções, portanto.

É também a palavra que usamos para descrever o que fazem (e nos comove) :

Poetas.
Escritores.
Bailarinos.
Músicos.
Actores.
Cineastas.
Fotógrafos.
Escultores.
Pintores.
Deus.

A palavra perfeita para os actos perfeitos.

Baixa os olhos.
Ele é homem. Eu mulher.
"Senhora Doutora", ainda por cima.

E eu vejo.
AQUELE movimento imperceptível da garanta.
Quando engolimos em seco.

Saiu-me logo a promessa, que NUNCA se faz, por mais certos que estejamos:

"Descanse. Ninguém lhe vai tirar a filha".

EU diferente de MIM.


Hoje vesti:

Saia LANIDOR;

Camisa branca sem marca;

Casaco malha LANIDOR;

Gabardina MANGO;

Sapatos sem marca;
Até têm marca. Já não se nota. Estes são as "minhas" MARY JANES favoritas (os).
Sabem de quando são?
Da entrada no novo milénio!
Era uma ocasião especial. Vestido comprido. Não sou como a MRS PRESIDENT a perder uma ocasião "perfeitamente boa" (esta é da autoria da filha mais nova) de brincar às princesas. ORA!

Mala NAF-NAF;

Últimas notícias:

Nomeações para ÓSCARES

Já vi:

"O Estranho Caso de Benjamim Button"

Vão ver.
Tem o BRAD PITT (será JOLIE-PITT ou PITT-JOLIE?) numa t-shirt branca.
Mulheres! É uma COISA do outro mundo!
Tem também a Cate Blanchett.
Ruiva.
Cabelo maravilhoso!
A ser bailarina.

Arcade Fire.
"My body is a cage".
"O meu corpo é uma jaula, mas a minha mente tem a chave".
Go Girls!



"Slumbdog millionaire"

Este TÊM MESMO, MESMO que ver.
Só vos vou contar que é sobre crianças indianas.
Muçulmanos.
Se ele acertar em todas as perguntas...
Uma história de amor.
Com aquele garoto, filho de pais indianos, mas inglês (não sei o nome), que na série KIDS faz de "garoto indiano". (Não é KIDS diz a filha mais velha no comentário abaixo, é SKINS) - O Espírito é o mesmo. Dos KIDS e da SKINS.
Não é a Índia de postal.
Até se sente o mau cheiro

Levem lenços.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quarta-feira 21 de Janeiro de 2009






PSSSST!
Estão a ouvir?
Então não é que a Michelle Obama desperdiçou 10 (dez) boas oportunidades para usar um vestido comprido??
Daqueles mesmo, mesmo à princesa!
Acho mal!
Devia ter aproveitado. Trocava de roupa na limusine. E já estava!
Eu era o que fazia que não sou mulher de deixar fugir oportunidades.

10 bailes (ou foram 20?) e ela SEMPRE com o mesmo vestido.
Nã t'á bem, intão e nós? (isto é para ser lido com "sotaque" alentejano) não temos direito a ver mais uns vestidinhos jeitosos?

Ontem achei que vos tinha aborrecido.
Entusiasmei-me com a conversa. Deixei-me levar.

Existe sempre esta dicotomia (gostaram? é uma linda palavra!) entre aquilo que sou, e aquilo que faço.

Um dos meus professores na Universidade, dizia: "Não podem sair da mesma maneira como entraram. É como andar num Seminário. Não podem sair iguais. Os vossos quadros mentais têm de mudar".

Mudam.
A minha forma de ver qualquer questão está "contaminada" pela "formatação" que sofri.
Os meus olhos não são "puros".

A minha emotividade em confronto com a minha racionalidade.

EU e MIM.

Penso "aquilo" e o seu contrário.

Não vos quero arrastar para nadar neste "mar", mulheres!
Corremos o risco de não nos aguentarmos à superfície!

Trabalho:

Tinha de ir ao Tribunal para entregar requerimentos e consultar processos. Nada de glamuroso.
Para se preparar os Julgamentos tem de se ver e analisar o que está no processo.

Telefona uma colega.
Precisava de discutir um assunto.
Marcámos logo para as 14h 30m.
Estão a ver a diferença de que vos falava ontem?
Ela tem filhos eu também.
Não fomos jantar juntas, nem beber uma "cervejinha".
Já que tinha de ir ao "Tribunas" encontrámo-nos lá.
Discutimos o que havia para discutir.
Pronto. Feito. Siga para o próximo.

E assim foi.
Segui para o próximo.

Uma Regulação de Poder Paternal.
Telefona o pai, que ficou com as crianças.
Duas menores.
Uma já maior.
A "Ex" está a "portar-se mal".
O que é que isto quer dizer?
Ó alminhas!!!

Amanhã vos darei conta.

Hoje vesti:
Saia branca LANIDOR;

Camisola gola alta STEFANEL;
Quentiiiiiinha!

Casaco sem marca. Não é azul como parece nas fotos (são de alta qualidade, hein?) mas lilás!
É tipo um casaco-capa. A filha mais velha acha "horroroso","piroso", "parece impossível" e coisas assim.
E vocês?

Saco MANGO;

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Terça-feira 20 de Janeiro de 2009













Hoje estou a fazer "diferente".
Normalmente é quando chego a casa, depois de um dia de trabalho, no fim de tudo, que vos escrevo.

Acordo, todos os santíssimos dias, às sete horas da manhã!
Deixei muita coisa por dizer.

Por isso, hoje, estou a escrever ao longo do dia.
Vou trabalhando, anotando, pensando, escrevendo.

Por falar nisso, Ó MIÚDAS, então vocês não disseram nada de eu não ter "postado" fotografias da roupa do dia?
Hoje levam com duas, "q'é pr'aprenderem"!!
Já sei que não vos interessa o que visto.
Não fico triste!
Gosto mais que se interessem pelo que digo.
De qualquer forma tem de se "ilustrar" com alguma coisa.
E o pretexto das conversas, são os TRAPOS.
Convém não perder de vista o que é importante!

Vamos continuar:

Abuso Sexual (parte dois)

O meu Patrono já defendeu
O Patrono é o Advogado mais velho que nos recebe no estágio. Se tem azar, "atura-nos" para o resto da vida.

Gosto MESMO MUITO do DIREITO.
Ainda não repararam?
Se acharem que falo demais, por favor, mandem-me calar!

Para a menina que está atirar a licenciatura: tire! que não se vai arrepender!
Claro que a realidade é diferente da teoria.
A "teoria" é um edifício perfeito! Tudo encaixa. Tudo é lógico.
A realidade nem tanto. Não funciona assim. É bem mais complicada.

Se me interessa, e tenho tempo, vou assistir a Julgamentos com aqueles Colegas muito famosos. Só para ver como fazem.
O meu Patrono, como está mais perto, "leva" comigo vezes sem conta, pobrezinho!

Nunca quis ser Juiz.
Nem era capaz.

Ver um bom Advogado(a) a trabalhar é uma coisa à parte!
Ler o que escrevem, é espectacular!
Até o que os Juízes escrevem (alguns) é muito bom!

O meu Patrono é um Homem digno e um Advogado sério. Escrevi ambas as palavras com letra maiúscula. Não foi por acaso.
Defendeu, porque achou que o homem era inocente.
E era.
Há coisas e "c-o-i-s-a-s".
É por causa destas "c-o-i-s-a-s", que é tão difícil conseguir provar o crime.

Porque de vez em quando, (muito de vez em quando) há inocentes.
Num dos (dois) casos:
Tinha sido a mãe a industriar a criança e dizer que o pai lhe tinha "mexido".
Era mentira.
Depois confessou que só o tinha feito para se "vingar".
É o que acontece nos divórcios "mal paridos".

No outro:
Uma garota, de dezasseis anos, mentiu para os pais não "ralharem".
O garoto tinha dezoito.
Não passou da fase de Inquérito.

É só. Não me lembro de mais nenhum.
Haverá. Mas eu não conheço.

É difícil de provar, também, porque existem muitos "pré-conceitos". Preconceitos.

Preconceitos:

1º - A mulher quando diz NÃO quer dizer SIM.

2º - Todas estão "desertinhas" para "provar".

3º - São "tentadoras" (não se esqueçam da Eva) por natureza. E provocam, ainda por cima!
Há uns anos houve um Acórdão maravilhoso!
Ainda hoje se discute nas faculdades.
Pelo menos fazem-se piadas (não sei é se são assim "tão" piadas, ou se é sério, disfarçado de "piada") em que os Senhores Juízes Desmbargadores diziam qualquer coisa como isto: " Não podem vir (eram umas raparigas estrangeiras - atenção pessoal do Brasil : rapariga é "moça", não é aquilo que estão a pensar!) de mini saia, para a coutada do macho ibérico, e esperar que nada aconteça."
O Macho Ibérico? na sua Coutada?
Para ficarem descansadas: as mentalidades não mudaram ASSIM TANTO.
Lamento.

Só ficarei feliz quando as mulheres puderem andar na rua com ENORMES mini saias (viram a contradição: enormes e mini? Se são minis não podem ser enormes, Ó TÓTÓ!) e DECOTES até ao umbigo, sem serem incomodadas.

Vocês podem chamar elogios.
E achar muita graça.
Eu cá não acho.
"Ó BOA!!! Comia-te toda!!" é tudo menos elogioso!

Por estas e outras é que não existem mais mulheres na vida pública.
Não estou a falar das actrizes, modelos e afins.
Estou a falar na política.
No Governo.
Na Assembleia da República.
Nas empresas.
Nas faculdades, a dar as aulas. Já agora no lugar de Professores e não de Assistentes, se não for pedir muito, e obrigadinha!

Resumindo: nos lugares de chefia.

Vamos a andar na rua, de noite, fora de horas.
Todas as reuniões são marcadas para depois das sete.
Não sei porquê. (Sei, sim! mas não digo!)
Na nossa mini saia e tacões altos, e pronto!
Elogios!!! Montes deles!!!

Por outro lado, sempre se desculparam os "deslizes" dos homens.
Têm necessidades!
As mulheres, claro, não têm.

O abusador é o "velhote" simpático, que, (vejam lá a graça!) mostra o "pirilau" à entrada das escolas!!
É o simpático do vizinho que se "esfrega" no garoto!
É o gajo, boa pinta, que alicia os miúdos com prendas caras.
Tudo boa gente.
Trabalhadores, educados, bem na vida.

Já os abusados:
Putas.
Vadios.
"Dados". Muito "dados".
" Gente sem princípios a quem o Senhor até tratou tão bem."
E etc.

Conceitos!
Pré.

Prostituição:
NÃO é crime.
Quando virem as garotas de 13, 14 ou 15 anos encostadas nas esquinas.
Os garotos da mesma idade no Parque Eduardo VII.
ELES não estão a praticar nenhum crime.

Os clientes, os que vão à procura.
ESSES estão a praticar um crime.
Não é por ser sexo com prostitutas(os).
É porque são menores.

E sexo com menores, a pagar, ou não, É CRIME.

Consentimento:
É uma figura Jurídica.
Os maiores de 14 anos podem prestar consentimento.

Entendeu o legislador que, com 14 anos já se sabe o que é sexo, e se pode "consentir" nele.
Serve de atenuante. Por vezes até serve para mais que isso. Serve para não acusar.

Não gosto muito da figura do "consentimento". Cabe ali muita coisa.

Imaginem:

Se tiver 13 anos e 364 dias, tem catorze ou não?
E se tem catorze, mas anda a ser abusado desde os seis?
E se tem catorze, mas andava a morrer de fome?
E se tem catorze, mas quem abusa é o pai?
E se os pais o "venderam" sem ele(a) nada ter com isso?
Sem se conseguir opor.
Com catorze anos, como é que se opõem?

Pois. A realidade é complicada.

O que me leva directamente ao caso "Casa Pia".
Estavam a ver que não!

Algumas considerações:

1º - A "Casa Pia" era (é) um estabelecimento do Estado. Onde as crianças, que não têm família, ou que esta não tem competência para cuidar, são "institucionalizadas".
Sob a guarda e protecção deste Estado.

2º - O Estado tinha a responsabilidade de ter cuidado e protegido. E não o fez.

3º - Se existia ou não prostituição, não é para aqui chamado. Pela razão que vos disse acima.

4º - Já aquilo que se chama "Lenocínio" que é o incentivo à prostituição, é CRIME. Se havia, tem de ser julgado e punido.

5º - Posso falar à vontade do caso:
Já passou a fase do segredo de Justiça.
Foi o Julgamento.
Já decorreram as Alegações finais.

Não devo.
Não estive lá.
Só conheço o que veio na imprensa.
Alguns dos Acórdãos que fui lendo.
Um dos Advogados, que começou o Processo, ao lado de uma das vítimas, é daqui da cidade.
Conheço-o a ele. Nunca me falou do processo. Escreveu nos jornais e até um livro sobre isso.
Não li.

6º - Tenho várias certezas (sem aspas):
Quem vai ser condenado é o Carlos Silvino (o "BIBI") porque ele confessou.
Todos os outros, tenho a minha opinião, mas espero para ver.

7º - As defesas foram completamente desproporcionais. Basta ver os meios usados pela defesa do Carlos Cruz e a defesa de todos os outros. Incluindo a "defesa" das vítimas. Está entre aspas porque as vítimas, não precisam de ser "defendidas"...digo eu!

8º - Nenhum advogado em prática individualizada, que é o que faço. Num escritório de Província. Sem sócios nem associados, conseguia e podia fazer aquela defesa. Ou aceitar, sequer, aquele processo.

9º - Um Julgamento que dure DOIS anos não é comportável, mesmo financeiramente, para um advogado nessas circunstâncias.
Eu não podia.
Como todos os dias. As minhas filhas também têm essa desagradável mania.

Não me era possível SÓ fazer aquilo.

Foram precisos muitos advogados para:

Ler todas as páginas do processo.
Ver todos os documentos.
Responder a todos os incidentes.
Redigir e responder a todos os recursos.
Ir a todas as Sessões da Audiência.

10º - O processo durou dois anos porque era necessário a alguém.
Não sei é a quem.
Os Tribunais são lentos. Não comecem já a pensar que estou a dizer mal.

A Justiça tem um tempo próprio.
Tempo que tem de se respeitar.
Caso contrário não se faz Justiça. Pode é fazer-se VINGANÇA.

Mas,
Caramba malta!
Lançaram mão de tudo o que existe no Código! e se mais houvesse...

O Princípio do Juiz natural.

O incidente de escusa.

Instrução.

Requerimentos foram mais que as mães.

Insultaram-se. Até a Ordem foi chamada a intervir. Queixas de uns contra os outros.

Recursos.

Inspecções ao local. Vários locais. Várias inspecções.

700 (eu escrevo) setecentas testemunhas!
Isto é uma coisa incrível!
Como é que se conseguem ouvir setecentas testemunhas?
E os arguidos.
E as vítimas.
E os Assistentes.

Aqui acabam-se as certezas e começam as dúvidas.

Perguntam:
"Então? e o Carlos Cruz, fez ou não?"
Não sei.

Vai ser condenado?
Não sei.
Existe um princípio básico no Direito Penal:
in dubio pro reo. (Em latim, para impressionar!)
Na dúvida, não se pode condenar o arguido.

Já fui.
Já vim.
Já trabalhei.
Já fui buscar as crianças à escola.
Já vi cair o granizo mesmo em frente, na estrada.
Já fiz o jantar.
Já arrumei a cozinha.
Já vi os "telejornais".

O Obama lá passeou uns minutos por entre a multidão. Não levou um tiro.
Que sorte para os americanos, Rodrigo Guedes de Carvalho!
A Michelle ia vestida de dourado. Dizem que dá sorte. Cor do Ouro. Do Sol.

Tanta ESPERANÇA num só homem.

Foi a enterrar o vocalista dos "Sitiados", lembram-se? "Esta vida de Marinheiro, está a dar cabo de mim..."
Cancro.
Sortes.

Este post já vai longo.
Amanhã não farei igual.

Ontem vesti:

Saia DESIGUAL;

Camisola gola alta ZARA;

Casaco LANIDOR;

O cachecol é de uma lojinha de bairro, não tem marca.

Botas castanhas sem marca.

Mala sem marca.

Hoje vesti:

Calças MANGO;

Camisa MASSIMO DUTTI;

Casaco LANIDOR;

Sapatos PEPE JEANS;

Gabardina LANIDOR;

Mala KILLAH.