terça-feira, 17 de março de 2009

Terça-feira 17 de Março de 2009






Nasceu!
O meu mais novo "sobrinho".

O primeiro filho de uma amiga querida.

Uma menina.
Ainda.

Ela diz que não.

Só em comparação comigo.

Uma querida menina.

Dona dos mais belos olhos verdes que conheço.
"Verdes com partículas douradas".

Está entre aspas.
Mas a autoria é minha.

Colega de profissão.

Mora longe.

Quando ando por aí.
Como o Santana.

E as amigas moram perto.
Vou sempre almoçar.
Ou tomar café.
Ou passo pelo escritório.

Só para dizer "OLÁ".

Vi-a no Verão.

Pouco depois.
Mandou um mail a contar da "novidade".

Fui almoçar com ela.
É que nem se punha a hipótese de não a ver "barriguda".

Hoje recebi a mensagem.

Nasceu o Menino Jesus.
Uma da tarde.
3610Kg.

Tudo óptimo.

Ser mãe pela primeira vez.
E pela segunda.
E
Terceira.
Quarta.
Quinta.

(Tenho uma amiga que tem cinco filhos.)

Como é que vos vou dizer.
Sem parecer lamechas.

É a felicidade pura.

O momento mais perfeito.
Irrepetível.
Único.

De todas as vezes.
A primeira.

Fui mãe duas vezes.

Por todas as razões:

Económicas.

Tempo.

Qualidade.
e
Quantidade.

Disponibilidade "mental".

Não o fui mais.

As minhas filhas foram RIGOROSAMENTE planeadas.

Quando fiz quarenta anos.
Pensei que estava grávida.

Não "planeadamente".

Não imaginam a ALEGRIA.

Primeiro o medo.

A seguir.
Uma alegria tão intensa.
Que se via.

Fiz um daqueles testes da farmácia.
Deu positivo.

Telefonei ao marido.
O homem largou tudo.
Veio a correr ter comigo.

Os dois parvos.

Dissemos às garotas que iam ter um mano/mana.
Elas.
Logo a fazer planos.

Onde ia ficar o bebé.

Escolhemos nomes.

Íamos fazer obras em casa.
A criança nova precisava de UM QUARTO.

O filme completo.

Durou umas horas.
Até vir o resultado da análise de sangue.
Que deu negativo.

Não estava grávida.

Apesar do teste.

Desilusão total.

"Então porque não ficas?"

Não.
Racionalmente.
Não posso.

Já passei da idade.
Não quero que o meu filho fique sem mãe.

Deve ser terrível crescer sem mãe.

Ser mãe.
Foi A grande descoberta sobre mim.
A confirmação de uma certeza.
Algo que já existia.
Difusamente.
E depois se materializou.

Sempre com algum medo.

Será que sou capaz?
Estou mesmo a fazer bem?
Qual o caminho?

É um "trabalho" difícil.
Quanto mais crescidos pior.

Gostava de ter outro.
Sim.

Não posso ser só porque sim.

"Onde comem dois, comem três".

Não é BEM assim.

Respeito tanto as minhas filhas.
Respeito tanto a ideia de:
FILHOS.

Nunca as teria se não fosse para as criar da melhor maneira.

Adoro bebés.
Fico doida com o cheiro.

É hormonal.

"Salta-me" logo a tampa.

Sou TIA de dois.

"Tia" de muitos.

Madrinha também.

Tenho duas afilhadas.
Já crescidas.

Uma até já tem filhos.
A outra é Advogada.
Como eu.
(Aqui babo. Desculpem!
Tenho "alguma" coisa a ver com isso)

Um afilhado.

Foi Baptizado com sete anos.
Os pais eram nossos amigos.
Enquanto casal.

Depois divorciaram-se.

É uma situação complicada.
Não sei se já por lá passaram.

Ninguém quer tomar partido.
E tudo o que fazem.
É entendido pela "outra" parte.
Como estando do outro "lado".

A mãe não é crente.
Mas não se opôs ao Baptismo.

Não foi nem o pai.
Nem a mãe.

Quem me "convidou" para Madrinha.
Num momento que guardo com carinho comovido.

Foi ele.

O meu afilhado.

Quando se despedia de mim com um abraço.
Perguntou-me ao ouvido.
Baixinho.

"Queres ser a minha Madrinha?"

Vive com a mãe.
Só o vejo quando está com o pai.

Telefono.

No Verão.
Vem passar alguns dias comigo.

Em Maio.
Vou ter outro.
Filho de um amigo.
Querido.
Também.

Em alguns Sábados.
A mãe.
Coitada.
Lá mo deixa.

Há dias em que fico com todos cá em casa.

Os sobrinhos.

As filhas.

Os amigos/as das filhas.

Os filhos dos amigos/as.

Os afilhados.

Meus e do marido.

Não faz mal a confusão.
Se querem dormir.
Arranja-se maneira.

Comem todos esparguete bolonhesa.

É ao fim-de-semana.
Não faz mal.

"Estrago-os" a todos.
Paciência!

É para isso que sirvo.

Gostava muito de ser professora.
De estar com "os meninos".
Não gostava era de "aturar" os pais.

Gosto da "lógica" das crianças.
Daquela "estroinice".
Da própria "estupidez" infantil.

Eles são como eu.
Ou eu como eles.

Posso andar de gatas.
Cantar no jogo da Play Station.
Jogar na WII.

Dizer que fazem batota às cartas.
Brincar com barbies.
Aos cabeleireiros.

Com os rapazes "treino" futebol.
E Taw Kwon Do.

Soa a machista.
Pá.
Não posso fazer nada.

As garotas não gostam de correr e ficar transpiradas.
Eu gosto.
Os rapazes também.

Para além do mais.
Pratiquei a arte em miúda.

Os rapazes adoram tentar atirar-me ao chão.
E "voarem" eles.

As meninas não gostam.
Tentei convencer as minhas filhas.

Nada.

Tinham medo de "apanhar".

Só posso "brincar" a isso com os rapazes.
Mesmo que se acabe com nódoas negras.
De parte a parte.

Dá-se e leva-se.
Sem medos.

Vale a pena.
Mesmo que doa.

Um bocado como ser mãe.

Hoje vesti:

Jeans MANGO;

Camisa branca sem marca;

Casaco LANIDOR;

Sapatos sem marca;

Saco MANGO;

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