terça-feira, 31 de março de 2009
Terça-feira 31 de Março
Queridas meninas:
Tudo isto está errado!
O combinado era escrever TODOS os dias.
E "ilustrar" com a roupa.
Mais ou menos "conseguida".
Do dia.
Muito bem.
MUITO MAL!
Nada tem funcionado.
O trabalho acumulou.
As histórias também.
O tempo.
Sei lá como.
Encurtou.
"Falhou-me" a Sexta, a Segunda....
Vamos ver se não "falho" a TERÇA.
Estou a escrever no escritório.
Parece-me que se estiver à espera daqueles minutinhos do finzinho de TUDO.
Não chega o "finzinho" de tudo.
Que a malta é HUMANA.
Tem de dormir.
Comer.
E
Já agora.
Tomar banhinho.
Para não cheirar mal.
Comecemos por:
SEXTA
O marido fazia anos no Sábado.
Fui à procura da PRENDA.
Tem de ser especial.
1º - Gadjets.
Ele compra.
Não estou para gastar UMA FORTUNA numa "porcaria".
Para que ele fique a olhar para mim com ar de pena:
" Valha-me a SANTA...Não ERA NADA DISTO!"
2º - Estamos juntos há tanto tempo.
Já lhe ofereci de TUDO:
Massagens.
"Aventuras".
Para o meu marido.
Um passeio a pé.
É uma aventura.
Podem aparecer COBRAS....
Farto-me de rir.
Óculos.
Perfumes.
Flores.
Roupa.
Relógios.
Sapatos.
Piqueniques.
Jantares.
EU.
Convenientemente "embrulhada".
Nem sei porque é que ainda me canso.
Só pode ser amor.
Demorei muito tempo.
"Vasculhei" todas as lojas.
Decidi-me por um "pack".
De "brincadeiras".
Desta vez:
Uma T-shirt branca LEWIS.
Um cinto LEWIS.
Uns óculos "ray-ban" do chinês.
Espelhados.
Queria.
Não encontrei.
Uma HARLEY de brincar.
Um blusão preto.
Um chapéu.
Por quê?
Para ser igual ao MARLON BRANDO.
Não o do PADRINHO.
O OUTRO.
ESSE.
O paradigma de:
HOMEM BONITO.
REBELDE SEM CAUSA.
Resolvemos o "problema":
(filhas+eu)
Imprimindo as fotos do que faltava numa "folha" de papel especial.
A Filha "artista plástica".
"Trabalhou-as" com uma caneta preta.
E pronto!
Tudo para dentro de uma caixa.
Título (da caixa):
KIT: "BE THE WILD ONE".
Gostaram?
Ele gostou.
Sentido de humor.
Minhas amigas.
A melhor qualidade de um homem.
SÁBADO
Para além do aniversário.
Havia.
MÚSICA.
Quando me preparava para ir para casa.
No meio da rua.
Passo por um homem.
De cabelo branco.
Que não reconheci.
Dou dois passos.
Uma mulher agarra-me os braços.
Diz o meu nome.
Olho-lhe para a cara.
Claro que a (re)conheço.
A minha melhor amiga.
Desde o primeiro ano do "ciclo".
Viro-me para trás.
O homem.
Tem lágrimas nos olhos.
É o marido.
Também meu GRANDE amigo.
Desses tempos.
Abraço-o.
Com o coração.
Diz-me:
"Não vi que eras tu".
Limpa os olhos.
Repete.
"Não vi que eras tu".
A sua comoção comove-me.
Ficamos os dois.
Parados.
A olhar.
"Não "conheceste" a minha MELHOR AMIGA?"
Diz ela.
Eu também não.
Para "quebrar".
Brinco:
"Pensaste "quem é esta gaja"? Porque está ela a abraçar a minha mulher? Donde é que ela saiu? já sei! achaste que era "Lisboeta" !
"Não. Não."
Vai ele repetindo.
Não diz mais nada.
Acho que não é preciso.
Abraço-os aos dois.
Ficamos no meio da rua.
Sob o olhar das minhas filhas.
De quem passava.
Fico perturbada.
Nem tenho palavras para vos dizer como.
É a MINHA MELHOR AMIGA.
Desde sempre.
Tempos houve.
Quando ela dava aulas na cidade onde eu (também) trabalhava.
Em que íamos almoçar TODAS as semanas.
Conversar.
Rir.
Às compras.
Depois.
As coisas do costume.
Logo eu.
Que detesto.
"As coisas do costume".
Pura parvoíce.
Vou "organizar" um jantar.
Esta SEXTA.
(3 de Abril)
Vou mesmo.
Passar pela casa dela.
E convidar.
Almoçar.
Um dia por semana.
"Relaçar".
Inventei.
Significa:
Voltar a criar laços.
UMA melhor amiga.
Não é coisa que se ache aos pontapés.
Duas.
Melhor ainda.
Tenho DUAS melhores amigas.
A minha sorte!
Dá trabalho.
Pois dá.
E depois?
QUARTA (já vou a Quarta-feira 1 de Abril de 2009)
Julgamento.
ZANGUEI-ME.
A sério.
ESTA PALHAÇADA.
Nem vale a pena.
Fui a casa da amiga que se vai casar.
"Obrigou-me".
Ainda não passei pela casa da melhor amiga.
Para a convidar para jantar.
A MERDA das "coisas do costume".
Estou a começar a fartar-me!
Não consigo escrever este "arremedo" de diário.
A "desculpa" mais esfarrapada de todas.
Não tenho tempo.
"Não tens. Arranjas.
Dormes menos."
É o que costumo dizer.
Mesmo a dormir menos.
Já não consigo "dar pai a tanto filho".
Tinha dito.
No princípio deste ano (2009).
Que tinha de mudar.
Já me estou a deixar "apanhar".
Outra vez.
Porque sim.
e
Porque não.
PÁRA!
MULHER.
RESPIRA.
VIVE.
Quando morreres.
Fica cá tudo.
MUDA.
MUDA-TE.
RAIOS TE PARTAM.
Não se assustem.
Só sou eu a ralhar comigo.
Querem mesmo saber o que vesti?
O que é que isso interessa?
NADA.
Pelo menos faz-me rir.
Espero que vos faça rir também.
Deixem-me ver as fotos.
Já vos digo.
HOJE:
Não tenho fotos.
Tiro quando chegar a casa.
Tenho posto:
Vestido ZARA;
Fica-me mal.
É horroroso.
Invernoso.
"Sobe-me" pelas pernas.
Tem uma racha estúpida.
Acordei muito cedo.
E muito tarde.
Ao mesmo tempo.
Uma camisa MANGO;
De laçada.
É bonita.
Tenho frio.
Por isso está tapada.
Um casaquito preto sem marca;
Um casaco H&M;
Sapatos ZARA;
Preciso de pintar e cortar o cabelo.
Cheguei a casa.
Não tirei fotos nenhumas.
Estava lá a melhor amiga.
A outra.
Os "Magistrados da Nação".
Têm FÉRIAS.
Na Páscoa.
Os "desgraçados".
Não.
Conversetas.
Combinações.
Para almoços e cafés.
Quando dei por mim.
Já o marido estava a fazer o jantar.
Ainda bem!
Ao menos.
Deste.
"Livrei-me".
Não vos contei do meu "DRAMA" doméstico:
A Senhora da limpeza.
Ficou de "baixa".
Tive de contratar outra.
Que NÃO limpa.
Não a posso mandar embora.
Pelo menos.
Passa a roupa.
Pago-lhe.
E
Passo os fins-de-semana "armada" em GATA BORRALHEIRA.
O que vale é que me dá vontade de rir.
O desplante.
"Está tudo tão limpinho".
Diz-me.
"Achei que não valia a pena".
Conhecem alguém que LIMPE?
Não é "sacudir".
É LIMPAR.
ONTEM:
Terça-feira dia 31 de Março de 2009
Não me lembro.
Tive de ver as fotos.
Que ainda estavam na máquina.
A ideia era ser PRIMAVERIL.
Está um frio que não se pode!
Camisa branca STEFANEL;
Saia PEPE JEANS;
Casaco sem marca;
Cesta BENETTON;
Sabrinas REPLAY;
Segunda-feira dia 30 de Março de 2009:
Uma porcaria qualquer.
Camisa branca sem marca- acho eu;
Saia NAF-NAF;
Casaco NAF-NAF;
Mala MANGO;
Sapatos ZARA;
Sem comentários!!!
SEXTA-FEIRA dia 27 de Março de 2009
Vestido LANIDOR;
Casaco ZARA;
Sapatos sem marca;
Mala LANIDOR;
Sabem o que é "profundamente" injusto?
(isto é irónico)
Em todos estes dias.
A minha roupa preferida foi a de Sexta.
Recebi muitos piropos.
Chamaram-me:
"Bonequinha"
E tudo.
E não dá para ver!
O RESTO :
Esqueçam.
Até vos podia mentir.
Arranjar umas produções fantásticas.
E fingir.
Não.
É tudo verdade.
Andei.
ASSIM.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Quinta-feira 26 de Marça de 2009
Giro.
Giro.
Era se.
De repente.
Isto "desse a volta".
Neste caso.
ISTO é a economia.
A "vidinha".
Hoje recebi dois telefonemas.
No mínimo curiosos.
Dois Bancos diferentes.
Um "oferecia-me" - pessoalmente - um crédito pré-aprovado de 11.000,00 euros.
Os juros eram bastante bons.
Ao preço do mercado.
5%, se não me engano.
Nada a ver com "COFIDIS" e afins.
O pagamento era em 260 (duzentas e sessenta) prestações.
Depois.
Já na empresa:
"Ofereciam-lhe" - um banco com quem a empresa não trabalha.
Mais um crédito pré-aprovado.
Fiquei PASMA!
Será que os BANCOS (já) estão a "dar" dinheiro?
Reparem:
Os bancos "vendem" dinheiro.
Os lucros (indecentes) que apresentam, decorrem dessa "venda".
Também.
Indecentemente.
E
Na minha modestíssima opinião: inconstitucionalmente.
Das "comissões".
Pelo "serviço" que prestam.
Guardam o nosso dinheiro.
Levam dinheiro por isso.
Investem-no.
Para ganharem "eles" dinheiro.
Muitas vezes sem a nossa "autorização".
É tudo "virtual".
O que torna difícil a "localização".
Se não "vendem" dinheiro, onde vão buscar os lucros?
"Cheiram-me" ventos de mudança!
Ó se cheira!
Perguntei se estavam a falar de "call-centers".
Não.
Estavam a falar de agências.
Se era a única da lista.
Eu.
A empresa.
Não.
Havia muuuuuiiiittttassss.
Digam-me:
O que acham?
Hoje vesti:
Vestido H&M;
Camisa sem marca;
É uma das minhas "coisas".
Transparente.
Gótica.
Não fica bem com nada.
Parece que me morreu o periquito.
Por baixo do vestido disfarça.
Cinto MANGO;
Sapatos MELISSA;
Mala MANGO;
Brincos H&M;
São "postiços".
Falsos.
Pá.
É a "onda da criminalidade".
Pus uns "à séria".
Depois.
Tirei e optei por estes.
Conscientemente.
Foi do estilo: "Antes que me calhe".
Nunca tinha pensado ISTO.
Estranho.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Quarta-feira 25 de Março de 2009
Estou chocada.
E não é com nada relacionado com aquilo que faço.
Isso é normal.
Estou chocada.
Com uma "história" da minha mais nova.
Hoje foi dia de auto-avaliação.
Na disciplina de Educação Física.
Ela "pediu" um três.
Acho justo.
Não é grande "atleta".
De onde vem o meu "choque"?
Da atitude das suas amigas.
Deixem-me explicar:
Quando nasceu a minha mais velha.
Eu trabalhava noutra cidade.
Uma maior.
Ela ia comigo.
Para uma "escolinha".
Quando chegou à altura da "primária".
Tivemos de escolher.
Ou:
Eu continuava a trabalhar nessa cidade.
E ela faria aí a sua "vida" escolar.
Ou:
Eu mudaria.
E ela cresceria na "nossa" cidade.
Para nós (marido e eu) era importante.
Na "primária" fazem-se amizades para a vida.
Eu fiz.
Se ela iniciasse a "Primária" noutra cidade.
Seria complicado.
Quando crescesse.
Sair ao fim-de-semana com os amigos.
Ir tomar café.
Conversar só porque sim.
Como "coincidiu" com o nascimento da segunda.
Mudei eu.
Voltei à minha LINDA e CALMA cidade branca.
AMBAS:
Aprenderam a ler na mesma escola que eu.
É uma escola "especial".
O "Jardim-Escola João de Deus".
A maior "fez" uma GRANDE amiga.
A SUA GRANDE AMIGA.
Vão juntas para a Universidade.
A pequena também fez "amizades".
A sua maior amiga.
"Desde há OITO anos".
Diz ela.
Com mágoa.
Este ano.
Começou a ser "diferente".
A minha "sentiu-se".
É a mais nova da turma.
Como nasceu em Dezembro.
Tem quase UM ano de diferença das coleguinhas.
É muito.
Os "interesses" são outros.
As "hormonas" pulam de outra maneira.
Foi ISSO que lhe expliquei.
Que não era de "propósito".
Eram "coisas que aconteciam".
Hoje.
Uma das meninas.
Outra "amiga".
Disse à PROFESSORA.
Que a minha:
"Não merecia o 3. Devia ter 2".
A professora ficou espantada.
Disse-lhe que não tinha nada que achar.
Que não era ela a professora.
Se fosse podia opinar.
Como não era.
O melhor era estar calada.
Uma das outras "amigas".
São (eram) um grupo de quatro.
Veio perguntar se ela tinha ficado "chateada".
E que não tinha de ficar.
Porque,
"Se diziam que ela não "merecia" o três era porque eram amigas dela. Para ela melhorar".
A minha.
"Pespineta".
Respondeu-lhe:
"Quem te disse que quero ser tua amiga?"
As outras três.
Afastaram-se.
Deixaram-na sozinha.
ELAS.
As amigas de sempre.
Os outros não.
A razão do meu "choque" por uma história tão banal?
NUNCA VI.
Quando era garota.
Apanhei uma reguada.
A única em toda a vida.
Porque TODOS.
Nos recusamos a dizer quem tinha feito O disparate.
"Democraticamente".
A professora.
Bateu-nos.
A TODOS.
Com os meus primos.
Era sempre "nós" contra "eles".
Fossem "eles" quem fossem.
Adultos.
Ou
Crianças.
Enquanto professora.
Os meninos sempre se defenderam uns aos outros.
A "solidariedade" era um dado adquirido.
Algo que na infância e adolescência servia como "afirmação" do próprio grupo.
O que me choca.
É a MALDADE.
O distorcer da AMIZADE.
É por serem "amigas" que a "desvalorizam" junto da professora.
Não lhe dizem em privado.
Não procuram ajudar.
São crianças de 13 e 14 anos.
Mulheres.
Que VALORES têm elas?
A minha filha mais pequena é muito bonita.
Vaidade de mãe.
Um pouco.
Claro!
Objectivamente.
Também.
Morena.
Grandes cabelos castanhos.
Olhos escuros.
Pestanudos.
Muito alta.
Grandes pernas.
Vai ser um MULHERÃO.
Daqueles de fazer "parar o trânsito".
Na (nossa = marido+ eu) lotaria genética calhou-lhe o jackpot.
Não tem nada de meu.
Se não tivesse estado LÁ a fazer força.
Tinha dúvidas.
Sérias.
Quanto à minha "paternidade".
As duas são talentosas.
(Acho eu)
Cada uma na sua área.
Só que:
Uma mulher bonita.
É o que ela parece.
Apesar de ser (ainda) uma menina.
Com uma guitarra nos braços.
Dedos que "voam".
Só "dá" ELA.
Só se "vê" ELA.
Vou assistir aos "Concertos".
"Audições".
Como ela diz.
Não se olha para MAIS nada.
É muito novinha.
Por isso não deixo que se "sexualize".
O que quero dizer com isto?
Vejo muitas vezes.
Crianças.
Vestidas como.
Com comportamentos de "adultos".
Imitam as estrelas do POP.
Sem perceberem.
Vão rir-se.
É só para provar o meu "ponto".
Ela queria usar cuecas fio-dental.
Não deixei.
Grande discussão.
A mana usa.
A mãe também.
Ela NÃO.
Para não marcar a roupa.
Usa shorts.
Ou daquelas cuequinhas de micro fibra.
Não marcam nada.
E são "próprias" para a sua idade.
Tenho muito "cuidado" com as minhas filhas.
Como TODAS as mães.
Gosto que andem "bem vestidas".
De acordo com o que cada uma gosta.
Uma não gosta do que a outra gosta.
E vice-versa.
Os dois "gostos" diferem do meu.
Giras.
As duas.
O cabelo é objecto de GRANDES cuidados.
Já que o têm tão bonito.
Diz a minha cabeleireira.
Não eu.
A pele também.
Unhas.
Idem.
Dentes.
Sei que são privilegiadas.
Como sempre:
Comparativamente.
O meu "desconforto".
Com esta história.
É a INVEJA.
A PEQUENEZ.
A MESQUINHEZ.
Daquelas meninas.
Que conheço (quase) desde que nasceram.
Conheço as mães.
Os pais.
Sei quem são.
É ISTO que lhes é transmitido?
Também É "contra" nós.
A minha família.
Que "eles" conhecem muito bem.
Que diabo!
São convidados da minha casa.
As filhas dormiram lá muitas noites.
Jantaram.
Trouxe-as da escola quando não eles não podiam.
Não.
Não estou a exagerar.
O problema é que também já senti o mesmo.
Na pele.
Da parte de algumas destas mães.
Não dos pais.
Os homens são diferentes.
A reacção da professora não podia ser mais eloquente.
A Senhora ficou "banzada"!
A minha filha vai ter uma vida DURA.
Incomoda-me que comece tão cedo.
A "lidar" com ISTO.
Fica muito triste.
Porque não compreende.
"Porque é que lho fizeram a ELA"?
Logo a ELA.
Tão amiga.
Não consegue "alcançar".
Ainda é pequena.
Para lhe explicar.
Que o MUNDO é um lugar "triste".
Fico.
Apreensiva.
Estas meninas vão crescer.
Serão mulheres.
Nada mudará.
A ideia do "ser/género feminino":
Pouco SOLIDÁRIO.
Sobretudo em relação a "outra mulher".
Pouco NOBRE.
COMPETITIVO (entre si).
COBARDE (para com os homens).
"RAIVOSO" (para com quem acham "melhor")
Aquilo que TODAS já sentimos.
Não me digam que não.
Deixa-me.
"Desesperançada".
Hoje Vesti:
Saia "borboletas" LANIDOR;
Camisa branca NAF-NAF;
Casaquinho MANGO;
Cinto ZARA;
Sabrinas LANIDOR;
Mala MANGO;
Alfinete sem marca;
terça-feira, 24 de março de 2009
Terça-feira 24 de Março de 2009
Temos bom tempo.
Sou uma rapariga de Primavera/Verão.
Do Outono só gosto das cores.
De resto deixa-me nostálgica.
É só um bocadinho diferente de "deprimida".
Do Inverno não falo.
Credo!
As roupas e cores que escolho.
São reflexo disso.
É mais fácil vestir-me no calor.
Sabe melhor.
No Inverno tudo é desconfortável.
O frio.
A chuva.
Os próprios materiais de que a roupa é feita.
Picam.
E
Para ajudar:
Não cumprem a sua função.
Proteger-nos das "intempéries".
O que visto no Verão e no Inverno é completamente diferente.
Será que isso quer dizer que não tenho "estilo"?
MEU DEUS!
O pecado MORTAL.
O que é "estilo"?
1 - Vestir-se "correctamente" em E para cada ocasião?
Isso não é "estilo".
É ser-se elegante.
Ter estilo é outra coisa.
É ser-se "fiel" a nós.
Implica conhecer-nos o melhor possível.
Saber do que somos capazes.
Usar coisas que ninguém se atreveria.
Só nós.
2 - Bom gosto?
Eu cá acho que os gostos se discutem.
Até gosto bastante de discutir gostos.
O meu.
Para começar.
Será "Bom" gosto?
Caras amigas:
Gosto de coisas DOURADAS.
Gosto de coisas BRILHANTES.
Gosto de coisas ESTRANHAS.
Caraças, pá, GOSTO DE CETIM!
"Atrevo-me" a usar coisas que não são "próprias" para gente de uma certa idade.
3 - O que é "bom gosto"?
Detesto estampados de leopardo.
Acho horríveis.
De "mau gosto".
E ficam tão bem!
Em certas pessoas.
Rendas.
O HORROR!
E ele há "gente" que parece princesa com "aquilo" vestido.
"Bom gosto" e "estilo" não são a mesma coisa.
De repente vem-me à cabeça a imagem da editora da VOGUE italiana:
Anna Piaggi.
Aquela dos chapéus no cimo da cabecita.
Coitadita.
Se aquilo é bom gosto...
Lá que é estilo....
Provavelmente, até, ARTE.
Não existem dúvidas.
Estou a fazer outra associação.
A mulher é feia.
Será que, nós, as feias, temos de ter "estilo"?
Sei lá.
Para nos destingir.
Para que a nossa "feiura" não seja tão percebível.
Sabem o que dizia o Serge Gainsbourg?
É uma tradução livre.
Desculpem qualquer coisinha, sim?
"A "feiura" é melhor que a beleza.
Pelo menos, dura mais tempo".
E com esta me vou.
Até amanhã.
Hoje Vesti:
Saia "PIN UP" - COLCCI;
Amo esta saia.
Toda ela é detalhe.
Atrás tem uma faixa.
Mesmo em cima do "rabiosque".
Mais pin-up - IMPOSSÍVEL!
Camisa branca EDC;
Casaco Vermelho LANIDOR;
Blusão cabedal vermelho CASA-DAS-PELES;
Sapatos ZARA;
Mala ZARA;
segunda-feira, 23 de março de 2009
Segunda-feira 23 de Março de 2009
Chegou a Primavera!!
Oficialmente.
Entretanto.
Como é típico.
Foi-se embora.
O Miguel Esteves Cardoso na sua crónica do "Público":
"Esteve "outoniça"".
Gostei tanto da palavra.
OUTONIÇA.
Não é bonito?
Gosto muito de palavras.
Daquelas que parecem estar erradas.
Não estão.
Existem.
E querem dizer o que parecem querer dizer.
Esta Língua é maravilhosa (também) por isso!
Foi o dia MUNDIAL da POESIA.
O meu "mais favorito" de todos os Poemas é o "CÂNTICO NEGRO".
Uma Oração.
Sei-o de cor.
Um dia destes digo-o.
E depois
Ponho-o aqui para vocês ouvirem.
Será que vou ter ESSA coragem?
"A poesia é para comer".
Natália Correia
Uma vez.
Fui para Coimbra.
Sozinha.
Menti à mãe e ao pai.
Apanhei o comboio.
e FUI.
Ter com uma amiga.
Que estudava literatura.
Ia dormir no quarto dela.
Sem "rambóia".
Que éramos meninas de "bem".
arram; arram- Talvez...
Um pouquiiiiinho de "rambóia".
Mas essa não era a razão principal.
A razão era:
Poder ver.
A Sophia.
O meu "sujeito poético" preferido.
Porquê?
A visão "helénica" da vida.
O mar.
Ser mulher.
"Quando eu morrer
Hei-de voltar para buscar
Todos os momentos
que não vivi
junto ao mar"
Foi a maior desilusão.
Uma senhora muito bonita.
Completamente distante.
Tão "fora".
Tão "fora".
Nem sei se nos via.
Recusou-se a falar connosco.
Com a malta.
Que tinha mentido aos pais.
E ido de comboio.
Só para a ouvir.
Mais vale não os conhecer.
Só:
Lê-los.
Deixar-nos comover.
Agradecer.
De resto:
Distância.
Ainda nos estragam os "sonhos"!
Só porque comem de boca aberta.
Arggg!!!
Hoje Vesti:
"Outoniça Primavera"
Calças MANGO;
Camisola - A gola é alta. A manga é curta - LANIDOR;
Casaco MANGO;
Sapatos ZARA;
Mala MANGO;
A pulseira não sei a marca.
É "roscof".
Faz-me alergia.
Tem elefantes que é para dar (boa) sorte.
Não parece que vá funcionar.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Sexta-feira 20 de Março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Quinta-feira 19 de Março
Feliz dia do pai!
Para os vossos pais.
Para os vossos maridos.
Para os homens em geral.
FELIZ DIA!
Telefono sempre ao meu.
Só para ele.
Não falo com a mãe.
Ele pergunta sempre:
"Queres falar com a mãe?"
Eu digo:
"Não pai. É só mesmo para ti."
O meu pai.
Sofreu um AVC quando era muito novo.
Ficou com sequelas permanentes.
Este pai.
Não é o MEU pai.
O meu PAI.
O que me ensinou a dançar com os pés em cima dos dele.
Me construiu um armário para a louça das bonecas.
Uma caminha para o "João".
E
Até
Um quarto.
Só para ter os meus brinquedos.
Uma "casinha de bonecas".
Em maior.
Esse pai.
Deixou de existir.
Quando fiz catorze anos.
Aprendi a aceitar e a amar este.
Não foi fácil.
Não sei se alguma vez leram o "Da Profundis - Valsa Lenta".
Do Cardoso Pires.
Foi só aí que percebi o que tinha acontecido ao meu pai.
Quando ficou doente.
Ele não se lembrava quem era.
Esqueceu-se do meu nome.
Perguntava à minha mãe pela "menina".
"A menina" era eu.
Com catorze anos.
E sendo já então o que sou hoje.
Menos polida.
Mais desabrida.
Menos "madura".
Só com a minha mãe.
Eu:
"Generala".
A mãe:
"Generalíssima".
Achei que a "culpa" era dele.
Tinha-me "largado de mão".
Nem se lembrava de mim.
Complicado, hein?
Foi.
Era a "menina do papá".
Aprender a "safar-se" sozinha.
Aprender a não contar mais com o pai.
É como ficar órfã.
De alguém vivo.
Não sei se perderam.
Para a morte.
Algum dos vossos pais.
Eu.
Só o sogro.
O sentimento é o mesmo.
Era o meu pai que ali estava.
Mas não era o meu pai.
ESSE nunca recuperei.
Não é egoísmo.
Ou sentimentalismo.
É isto:
Amo o meu pai.
Agradeço a DEUS o ter deixado que ele vivesse.
Podia ter morrido.
Os médicos chamaram-lhe "sorte".
Voltou a andar.
A falar.
Ultrapassou a depressão da doença.
"Instalou-se" no seu novo eu.
A "essência" é que nunca foi a mesma.
Sou a sua "menina".
Não sou é EU.
Porque.
Do meu nome.
Ainda hoje.
Por vezes.
Se esquece.
Desculpa pai.
Tenho tantas saudades tuas.
Do meu "aliado" contra a "tirania".
Que só me sai parvoíce.
Em baixo:
Um excerto de uma entrevista da Maria Teresa Horta ao Zé Cardoso Pires sobre o "Da Profundis".
Para que entendam do que falo.
"Pode dizer-se que este é um livro de memórias?
Sim, uma memória da não memória. Não tenho uma boa definição para isso.
No texto você diz que fez uma viagem à não memória.
Uma viagem à desmemória, ao homem sem memória, e um homem sem memória é um homem perdido. Porque não tem afectos, ninguém pode gostar de alguém se não tiver memória.
Você perdeu igualmente as suas emoções?
Perdi as emoções, quase perdi a fala, a fala fica destroçada, perdi as relações, pois quando não se tem memória não se tem relações, quando se perde a leitura e a escrita fica-se impossibilitado de comunicar."
Hoje vesti:Vestido MANGO;
Camisa branca sem marca;
Casaquinho malha MANGO;
Sapatos MANGO; - A fotografia tem a Alice. Ele há "meninas" que nunca crescem!
Mala NAF-NAF;
Subscrever:
Mensagens (Atom)