sexta-feira, 22 de maio de 2009

De Sexta-feira 22 de Maio a Segunda-feira 25 de Maio de 2009











SEXTA-FEIRA!!!
YUUPPIII!

Ainda é de manhã...
Não sei como vai acabar o dia.

Já passei pelo "Tribunas" a entregar requerimentos.
Tudo calmo.

PAUSA.

O dia foi passando.

Tudo se quer divorciar!
Não me lembro duma "febre" igual a esta.

Desconfio que é da "crise".
Ou da gripe.

Pensem comigo:
A "malta".
Quando se casa.

Tem muitas ilusões.

E ainda bem!

Quando há problemas.
E
Existe um dinheirito.

Existem "escapes".

Fazem:
Viagens.
Fins-de-Semana.
Jantam fora.

Vão:
Ao cabeleireiro.
Aos jogos de futebol.

Compras.
Bebem um copo com os amigos.

A "vidinha".

Quando deixa de haver (pilim).
As diferenças.

Pelo menos,
a consciência das diferenças.

Acentua-se.

Existem mais problemas.

Não chega para pagar a prestação da casa.
A escola dos filhos.
A mulher-a-dias.

Cabeleireiro?
Jogos de futebol?

As pessoas fartam-se.
Casa/Trabalho - Trabalho/Casa.

Sem algum "clique" de paixão.
Ou
ESCAPES.

Dá:
DIVÓRCIO.

Pensam que se "safam" melhor sozinhos.
Sem o "peso" do outro.

Há sempre divórcios.
Nunca "saem de moda".

Nunca me tinha acontecido era ter três (3) numa semana.

Quatro, contando com o de hoje.

Dois por razões "normais".
Um não sei porquê.

E Este:
O "senhor" decidiu pôr termo a um casamento de vinte(20) anos com uma SMS.

Já tinham ouvido uma destas?
Eu, nunca.

A mulher foi apanhada completamente de surpresa.
De manhã tudo estava bem.
"Beijinhos, até logo".

TLI-TLI-TLI.
Ou
como diz o meu:
"You've got mail" (com uma musiquinha)

E

PIMBA.

Apareceu.
Abri-lhe a porta.
Mandei-a entrar para o gabinete.
Sentar.

No momento a seguir:
Estava a chorar.
A mostrar-me o telemóvel.

Fiquei sem saber o que fazer.

Estou a ouvir-vos:
"Não me digas, pá! TU?"

Sim.
Eu.

O primeiro impulso foi o de me levantar.
Dar-lhe um abraço.

Não a conhecia.
Fui-lhe "recomendada" por uma amiga.
A quem contou o "acontecido".

A amiga não a acompanhou.
Nem o filho.

Estava ali à minha frente.
De telemóvel na mão.

Não a abracei.
Não seria profissional.

Deixei-a chorar.

Fui perguntando.
Devagarinho.

Parando muitas vezes.

Tentando responder à pergunta:
" E agora? Agora o que é que eu faço?O que é que eu faço?"

E eu?
O que é que eu faço?

Ela não quer o divórcio.

Está magoada.
Ofendida.
Humilhada.
E
Não
se quer divorciar.

O que é que vocês fariam?

Aconselhei-a a esperar.

É estúpido.
Eu sei.

Disse-lhe que se não estivesse segura.
Para não ser ela a dar o primeiro passo.

O gajo,
O "Senhor" é que saiu de casa.

"levou a roupa do corpo".

Valha-nos isso.
Um pouco de decência.

Só a ajudei a "precaver-se" nos bens.
Contas bancárias.
Automóveis.

Coisas desse tipo.

Não a avançar com o DIVÓRCIO.

Ela (ainda) não estava preparada.

O homem ter-se ido embora devia ser razão suficiente.

Para mim.
Seria.

Para ela.
Acho que não.

Espero.
Ver o que acontece.

O exercício da advocacia,
pelo menos como o entendo,
não tem SÓ que ver com a litigância.

Poderia ter despachado o caso em três minutos.

O gajo é um filho-da-puta.

Quer dizer...
pfffff.
Cobardolas.

SMS????

Só que.

Que.
Que.
Que.

O património está salvaguardado.
Pelo menos para ela.

ELA é que é a minha cliente.

Ele, quando chegar a altura, que diga.

Nessa parte ela está bem.

Fui "mázinha".
Fui.
Tudo o que era conta bancária.

POIS.

Não sou Juiz.
Não tenho nada que ver com equidistâncias.
Nem me interessa.

Quando se sentir "ofendido".
E vai sentir.

Vai ser:
A "PUTA da Advogada".

E então?

Quanto ao lado "emocional".
É pá.

Não me parecia.

Há situações que é "de caras".
Ainda outro dia.
Não valia a pena.

As pessoas odiavam-se.
Tipo.
MUITO.

Perder tempo?
Nã.
Só:
Diminuir "danos".

Sobretudo por causa dos filhos.

Aqui.
Pareceu-me "desnorte".

Mesmo da parte do "senhor".
"Desnorte".

Será?
Logo conto!
Hoje vesti:

Fato branco STEFANEL;

Camisola preta MANGO;

Sapatos não sei a marca - foi uma amiga quem mos "passou".
Que lhe faziam doer os pés!... Até me dá vontade de rir!
Quais não fazem?

Lenço preto e branco - sem marca.

Mala KILLAH;

Sábado 23 de Maio de 2009


Foi o dia do Baptizado do meu afilhado.
É um menino querido.
Eu.
Uma madrinha babada.

Gosto de rituais.
É a minha "alma antropóloga".

Os avós do menino são da aldeia natal do meu pai.
Ele ia ser Baptizado na IGREJA DESSA FREGUESIA.

Nas aldeias tudo se cumpre.

Falei com a minha mãe.
Guardiã de todas as memórias.

"Mãe: O que dá a madrinha?"

RESPOSTA:

1º - A roupa do Baptismo. Não te esqueças que tem de ser branca.
Lembra-te da
"cerimónia da veste branca".

2º - A "segunda roupa".
Tens de comprar uma segunda roupa.
PODE SER BARATINHA
.

(Conhece-me TÃO BEM)

3 º - A vela pertence ao Padrinho.
Com estas
modernices é melhor seres tu a comprar.

4º - A toalhinha.
Vê lá se encontras uma de linho.
Também pode ser de
cambraia.

5 º - Olha, os
sapatos.
Também
DEVIA ser o Padrinho.
Compra tu.

Não mandes o menino sem sapatos
.


6º - A missa, filha, pertence-te pagar uma parte.


Já fui madrinha outras vezes.
Nunca com este "requinte".

Quando desempenhei essas funções.
As duas primeiras vezes foi a minha mãe que tratou do caso.
Não me lembro.

A outra foi a que já vos contei.
A mãe não se interessou pelo assunto.

Pelo que:
Fui com a avó e a criança e escolhemos o que nos deu na "telha".
Teve mais a ver com o gosto dele.
Já era crescido.

Nesta.
O que mais gostei foi a questão dos sapatos.

É altamente simbólico.

O PADRINHO devia dar os sapatos:

Um HOMEM deve dar a outro HOMEM o PODER de pisar o chão.

Fui eu quem deu os sapatos.
O poder de ser "dono" de si.

Simbolismos.

Vesti:

Vestido cinzento STEFANEL;

Casaco DESIGUAL;

Sandálias sem marca- lilás e LINDAS.

Clutch PRATEADA;

Cinza, lilás e prateado eram as cores do casaco.

À noite.

Foi festa rija.
Mesmo à "antiga".
Com "tocadores" e "bailarico".
Até se dançou o "fadinho".

Não conhecem?
Penso que é uma tradição desta zona.

É uma dança de roda.
Como o "fadinho corrido" ribatejano.
Mais ou menos...

Divertido é.

Quando era pequena.
Mesmo pequena.
Não ADOLESCENTE.
Adorava "bailaricos".

Dançava com o meu pai e os meus tios:

Valsas.
Passodobles.
Marchinhas.
Tangos.

O giro é que o meu corpo se lembra.

Dancei com os velhotes,
e os novos,
que também sabem.

Eu a pensar que já não existiam.

À noite, dizia eu, mudei para o vestido da CUSTO;

Madrinha é MADRINHA.

Segunda-feira 25 de Maio de 2009

Escritório.

Vou ter um GRANDE julgamento de tráfico de droga.

Conhecem a "no win situation"?

É onde me encontro.


Hoje vesti:

Casaco CZARINA- sem marca.
Como vestido.
Sem calças por baixo.

Vou explicar-vos:

Não sei o que vestir.

Estou "enjoada" da roupa de Inverno.
Está um frio desgraçado.
CHOVEU!

Não tenho NADA que vestir.
NADA. NADA.NADA.

Risos.
Do marido.

MALANDRO!

Camisola preta ZARA;

Sapatos LANIDOR;

Colar a fazer de cinto ACESSORIZE;

Mala MANGO;

MEIAS.
COLLANTS PRETOS OPACOS.

Está tudo dito.
Vou ali chorar e já venho.



























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